08-02 2021 11:05
wrote:
A Filomena Carvalho foi das primeiras pessoas que conheci no ISCTE, tinha eu completado 19 anos. Fiquei de imediato fascinada pela forma como ela e o Eng° José Guimarães tentavam chegar a todo o lado e, juntamente com o Paulo Ramirez, queriam genuinamente satisfazer todos os pedidos de ajuda, ora no ISCTE, ora no INDEG. E quer se goste, concorde ou não com decisões e acções tomadas, eles deixaram essa marca, esse sentir e viver o ISCTE, como poucos o fizeram. Essa alma, esse cunho pessoal, esse querer fazer o melhor possível com as ferramentas existentes caracterizou e pautou sempre a acção da Direcção de Serviços de Informática. Quando lá ingressei, pela mão do saudoso Doutor Rui Menezes, foi através da Filomena que me pude reinventar profissionalmente. Já nos respeitavamos mutuamente mas ela teve a capacidade de me "acolher" no seio da sua equipa e ajudar-me em tudo. Confiou em mim desde logo, quer fosse para a representar em actividades e reuniões de trabalho fora do ISCTE, quer fosse para lhe tomar conta do Filho Ricardo no fim da escola dele e do meu dia de trabalho. Fui-lhe igualmente fiel e dedicada e, nos últimos anos antes da minha licença, fomos ainda mais próximas, partilhámos dores, sorrisos e olhares, tantas vezes em silêncio... E eu quero ser uma das suas "criaturas" para sempre. Concorde-se ou não, as instituições são feitas por pessoas mas, como é óbvio, ninguém é insubstituível. Contudo, quando penso na identidade do ISCTE, sinto que esta se formou através de um conjunto de características de todos aqueles que por lá passaram e passam. E pessoas como a Filomena ajudaram nessa construção de identidade, com base em valores, 'know how' e experiências tão válidas que julgo possam perdurar até hoje. Numa altura em que tanto se fala de paciência, resiliência e superação, a Filomena é, e sempre foi, um exemplo de tudo isto. A vida deu-lhe e tirou-lhe tanto, nem sempre foi bem tratada e respeitada profissionalmente mas, ainda assim, ela optou e teve audácia para se manter firme. E o curioso disto tudo é que não se deixou amargar, foi-se adaptando, tornou-se mais dócil, sorridente, mais "leve" e bem disposta, mais atenta e empática. Esta é a "minha" Filomena. Deixo um abraço repleto de amor, força e coragem para os seus Filhos Ricardo e Rita, para a Irmã Fátima Estevens e para a restante Família.
08-02 2021 11:05
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A Filomena Carvalho foi das primeiras pessoas que conheci no ISCTE, tinha eu completado 19 anos. Fiquei de imediato fascinada pela forma como ela e o Eng° José Guimarães tentavam chegar a todo o lado e, juntamente com o Paulo Ramirez, queriam genuinamente satisfazer todos os pedidos de ajuda, ora no ISCTE, ora no INDEG. E quer se goste, concorde ou não com decisões e acções tomadas, eles deixaram essa marca, esse sentir e viver o ISCTE, como poucos o fizeram. Essa alma, esse cunho pessoal, esse querer fazer o melhor possível com as ferramentas existentes caracterizou e pautou sempre a acção da Direcção de Serviços de Informática. Quando lá ingressei, pela mão do saudoso Doutor Rui Menezes, foi através da Filomena que me pude reinventar profissionalmente. Já nos respeitavamos mutuamente mas ela teve a capacidade de me "acolher" no seio da sua equipa e ajudar-me em tudo. Confiou em mim desde logo, quer fosse para a representar em actividades e reuniões de trabalho fora do ISCTE, quer fosse para lhe tomar conta do Filho Ricardo no fim da escola dele e do meu dia de trabalho. Fui-lhe igualmente fiel e dedicada e, nos últimos anos antes da minha licença, fomos ainda mais próximas, partilhámos dores, sorrisos e olhares, tantas vezes em silêncio... E eu quero ser uma das suas "criaturas" para sempre. Concorde-se ou não, as instituições são feitas por pessoas mas, como é óbvio, ninguém é insubstituível. Contudo, quando penso na identidade do ISCTE, sinto que esta se formou através de um conjunto de características de todos aqueles que por lá passaram e passam. E pessoas como a Filomena ajudaram nessa construção de identidade, com base em valores, 'know how' e experiências tão válidas que julgo possam perdurar até hoje. Numa altura em que tanto se fala de paciência, resiliência e superação, a Filomena é, e sempre foi, um exemplo de tudo isto. A vida deu-lhe e tirou-lhe tanto, nem sempre foi bem tratada e respeitada profissionalmente mas, ainda assim, ela optou e teve audácia para se manter firme. E o curioso disto tudo é que não se deixou amargar, foi-se adaptando, tornou-se mais dócil, sorridente, mais "leve" e bem disposta, mais atenta e empática. Esta é a "minha" Filomena. Deixo um abraço repleto de amor, força e coragem para os seus Filhos Ricardo e Rita, para a Irmã Fátima Estevens e para a restante Família.